O SITAVA – Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos exigiu demissões no Governo dos Açores e na administração da SATA, alertando que os trabalhadores não devem ser responsabilizados por uma eventual falha da privatização da Azores Airlines.
Em comunicado, o sindicato acusa o secretário das Finanças do Governo Regional, Duarte Freitas, de “ameaçar publicamente” os trabalhadores da SATA e o vice-presidente, Artur Lima, por anunciar o reforço de rotas para a ilha Terceira “arvorado em diretor de operações”.
O sindicato avisa que “diversas rotas internacionais com ligação à Terceira são manifestamente deficitárias na maioria dos voos da sua operação” e critica, também, a atuação da secretária da Mobilidade, Berta Cabral, e o “desnorte completo” do executivo.
“Não nos resta outra opção que não repudiar com veemência essas declarações e exigir que comecem as demissões, tanto no Governo Regional como no conselho de administração. Gerir mal e responsabilizar os trabalhadores, além de mais não é digno de responsáveis governamentais”, lê-se na nota de imprensa.
O SITAVA defende que as medidas de reestruturação da SATA “nunca saíram do papel ou não produziram qualquer contributo” o que levou à deterioração do Grupo.
O sindicato reitera que os trabalhadores não podem ser responsabilizados por uma eventual falha na privatização da Azores Airlines.
“Não aceitamos que perante o falhanço total da estratégia do Conselho de Administração e do Governo, venham agora os defensores de vender tudo ao desbarato responsabilizar os trabalhadores pela manifesta incompetência demonstrada na condução dos destinos do Grupo SATA”.
Também o SPAC – Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) disse que os pilotos não vão aceitar ser responsabilizados por um eventual insucesso da privatização da companhia aérea Azores Airlines, por não aceitarem cortes salariais de 10%.
Na terça-feira, o secretário das Finanças, Planeamento e Administração Pública, Duarte Freitas, disse que o processo de privatização estava em “finalização”, revelando que até ao final do mês deverá existir uma proposta para a compra da Azores Airlines.
Duarte Freitas ressalvou que caso não exista aquela proposta o Governo Regional poderá partir para uma “negociação particular”, admitindo, também, o cenário de fecho da Azores Airlines em 2026.
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